A maioria de nós cresceu ouvindo, vendo e lendo que heroínas possuem superpoderes, equipamentos de alta tecnologia, lutam contra o crime e vivem uma vida com inúmeras aventuras.
Mas a realidade nos mostrou de forma muito clara que nossas super-heroínas não vestem capas, não têm poderes sobrenaturais e tampouco equipamentos mirabolantes.
Nossas heroínas parecem pessoas comuns, como eu e você, e sabe o que mais? Elas são feitas de um coração que não cabe no peito, de uma energia contagiante, sorrisos estampados e muita coragem para lutar pelos seus sonhos e carregar a esperança e as expectativas de um país inteiro nas costas.
Elas possuem força, habilidade, leveza e alegria. Elas gritam, comemoram, sofrem, choram e jamais se calam frente a indiferença e a falta de apoio.
Quanto mais as pessoas duvidam ou questionam seu potencial, mais elas crescem, se fortalecem e se motivam.
Sem dúvida alguma afirmo que o grande diferencial nas nossas heroínas é o coração. Um coração enorme que cativa a todos, que influencia gerações, emociona multidões e transborda esperança.
Aquele coração que nos acolhe, que sonha e não desiste. Que se apoia nas companheiras, que mesmo cansado não fraqueja, que sabe de suas responsabilidades e não se esconde.
A força vem da união, da confiança em quem está ao seu lado, de saber que quando cansar as companheiras estarão lá para auxiliar, substituir, e jamais parar de acreditar e lutar pelo seu sonho.
Para essas heroínas a palavra desistir não existe no vocabulário; há apenas a vontade de seguir em frente, de se superar, de sair de campo de cabeça erguida e com a certeza que deram o seu máximo em busca de seus objetivos.
Guerreiras, seu grito de guerra evoca sua força, seu foco e concentração. Traz para o campo o sentimento de todos que de longe estão na torcida, passando energia e vibrando a cada jogada, gritando junto, sofrendo junto e comemorando cada conquista.
Heroínas que mesmo na derrota se aprimoram, se fortalecem, se desenvolvem e se preparam para a próxima batalha. Errar não é vergonha, é aprendizado. Perder faz parte do processo de superação. Vencer é um degrau superado de uma longa escada para o objetivo. A conquista de uma é o sucesso de todas, ou seja, coletividade acima da individualidade.
Ser heroína em um esporte desconhecido da multidão é nadar contra a correnteza, contra a incerteza e enfrentar quem não apoia, quem não incentiva e não ajuda.
A luta é diária; é abdicar de diversos momentos; é ter jornada dupla, muitas vezes tripla, entre trabalho, estudo e treinamentos. É deixar de lado confraternizações; é ficar ausente das festas, da família; superar dores, lesões; é esconder o choro para não mostrar fraqueza frente a bestialidade daqueles que não entendem o seu sacrifício.
Uma heroína é composta sobretudo pela compaixão, pelo amor ao próximo, defender aqueles que não têm voz, proteger aqueles que não podem lutar e, se não bastasse tudo isso, ainda enfrentar e se manter firme mesmo quando todos dizem que estão erradas, sem ao menos ter conhecimento do que falam.
Em sua anatomia, volto a dizer, está o coração, e dentro dele a simpatia, a força, a superação, as dores, as derrotas, os sorrisos, a emoção, o amor e a compaixão.
#JUNTOSSOMOSMAISFORTES
(Fotos: WBSC//Kiyomi Guscott (@kiyosambocanada/)