Em entrevista para a WBSC (World Baseball Softball Confederation), as estrelas do Softbol japonês, Yukiko Ueno e Eri Yamada, remanescentes da medalha de ouro olímpica conquistada em Pequim 2008, falaram sobre o sonho da medalha em Tóquio 2020 e da permanência do esporte no quadro de modalidades olímpicas.
Ueno foi a arremessadora da mais importante conquista do softbol do seu país é uma dos maiores nomes do softbol mundial, sendo considerada uma das melhores, se não a melhor, arremessadora do mundo. Aos 36 anos, completados pouco antes do Mundial de Chiba, comemora a oportunidade de jogar as Olímpiadas.
“Os campos não são grandes, criando uma proximidade entre fãs e atletas. Os jogadores sentem isso, já que os fãs se empolgam a cada jogada quase que instantaneamente,” – declarou Ueno. “É possível afirmar que torcedores e atletas jogam juntos. E acredito que isso trará energia para as Olímpicas.”
Yamada, a principal rebatedora do lineup do Japão está com 34 anos. Para ela o diferencial do Softbol é ser um verdadeiro esporte de equipe, onde é possível levar uma mensagem de amizade e bondade entre os praticantes. A outfielder tem como convicção que isso é de extrema importância no mundo em que vivemos.
“Aqui no Japão recebemos muito apoio dos torcedores,” falou a veterana. “Eu me sinto o apoio e muita pressão quando jogamos em casa. Mesmo quando jogo no exterior, eu gosto de pensar que as pessoas por aqui estão nos apoiando.”
Ueno e Yamada têm uma grande sintonia, são melhores amigas. A arremessadora acredita que quando Eri consegue conectar uma boa rebatida, todo o time se sente mais seguro dando boas expectativas para as demais jogadoras.
Tóquio 2020
As jogadoras sabem das expectativas que rondam a futura campanha do Japão e da pressão que recai sobre elas, mas tem convicção na determinação do time e dizem estar prontas para alcançar o topo do pódio.
Determinação é a palavra que define Ueno, em Pequim 2008, entre a semifinal contra a Austrália e a final contra os Estados Unidos, a arremessadora lançou mais de 28 entradas, totalizando 600 arremessos.
“Eu não senti que arremessei tudo isso. Eu estava focada em ganhar a medalha de ouro e isso me bastou para ter a determinação de continuar lançando, com isso não senti esse esforço.”
Yamada terminou o Mundial de Chiba com 39,4% de aproveitamento no bastão. Foram 33 oportunidades no bastão, 13 rebatidas válidas, três home runs, uma rebatida dupla, uma rebatida tripla, seis corridas impulsionadas e nove impulsionadas.
Ueno lançou em sete partidas, ficando com seis vitórias e apenas uma derrota, a final contra os Estados Unidos. Foram 40 entradas, 24 rebatidas e apenas sete corridas cedidas, deixou seis adversárias andar e eliminou 50 por strikeouts. Seu ERA foi de 0.88.
(Fotos: Divulgação WBSC)